Monte Fuji História do Gigante Adormecido
Maior pico do Japão e um dos mais conhecidos do planeta, o
Monte Fuji é m vulcão, sua última erupção aconteceu há três séculos. Em 16 de
dezembro de 1707, quando lançou uma chuva de cinco centímetros de cinzas sobre
a então capital do país, Edo.
Situada entre as províncias de Yamanashi e Shizuoka, é o principal ícone geológico do Japão, objeto da peregrinação anual de mais de 300 mil alpinistas e turistas que fazem o caminho até o seu cume. Outros milhões o observam a distância, especialmente das janelas dos trens-bala que cortam o país.
Japão, foi tomada por um surto de varíola. Nessa ocasião, a mãe de um jovem chamado Yosoji também caiu doente, trazendo-lhe grande preocupação. Então, o moço procurou um mago a fim de buscar busca de cura.O mago disse ao jovem que procurasse um riacho a sudoeste do Monte Fuji.– Na nascente desse riacho, existe um santuário dedicado a Okinaga Sukuneo, o deus da Longevidade. Tome dessa água e leve-a para sua mãe beber. Essa água é um santo remédio. Depois de uma árdua e demorada caminhada, chegou a um ponto onde a trilha se dividia em três rumos a tomar. Enquanto tentava decidir em qual direção deveria seguir, apareceu por lá uma belíssima jovem vestida de branco, que disse:– Sei que você é um filho dedicado. Não mede esforços em busca da cura para enfermidade de sua mãe. Siga-me, que levarei você até a nascente do riacho. Finalmente, chegaram a um Torii (portal sagrado) próximo de uma rocha de onde jorrava um fio de água. Essa fonte era o santuário natural dedicado ao deus da Longevidade.– Beba a água e encha a cuia para levar para sua mãe – disse a linda jovem.– Estarei lhe esperando daqui a três dias, pois você vai precisar de mais goles desta água para sua mãe.
Depois
de cinco visitas ao santuário do deus da Longevidade, acompanhado da bela
jovem, Yosoji estava muito feliz, porque sua mãe havia melhorado e também os
vizinhos a quem ele distribuiu a água. Quando contou a sua mãe todo o ocorrido,
ela lhe disse que gostaria de saber o nome de tão bondosa criatura. O moço,
porém, sentiu que deveria agradecer à linda jovem que o guiou para que pudesse
encontrar a fonte sagrada. Assim, resolveu voltar ao santuário do deus da
Longevidade, na esperança de encontrar a bela mocinha.Ao chegar no local, viu,
surpreso, que a fonte havia secado. Sentiu uma grande tristeza e, ajoelhado,
rezou pedindo ao deus da Longevidade que lhe proporcionasse um encontro com
aquela jovem, pois queria agradecer por tudo que ela havia feito por sua mãe e
pelos aldeões. Quando se levantou, viu que a moça estava em sua frente.Assim, o
moço agradeceu em seu nome e de toda aldeia pela ajuda que ela havia prestado.
Em seguida, expressando um desejo de sua mãe, perguntou o nome dela. – Meu nome
pouco importa. E o que fiz dispensa agradecimentos. Eu guiei você até a fonte
porque o deus da Longevidade me pediu. Disse-me ele que seu amor de filho é
algo tão admirável que merecia ajuda. De sorte, você ajudou toda a aldeia,
tanto que a fonte chegou a secar. Mas ela voltará a verter águas sagradas
quando o povo necessitar novamente de ajuda e surgir outra alma bondosa como a
sua querendo auxiliar seus semelhantes.
Em seguida, sem dizer seu nome, mas sempre com um sorriso
amável, a bela jovem de branco sacudiu um ramo de camélias, como se estivesse
chamando alguém. Em resposta ao aceno florido, desceu uma pequena nuvem do
Monte Fuji na direção onde eles estavam. A linda jovem subiu na nuvem e esta se
locomoveu levemente com uma pluma. Carregando a jovem, transportou-a em direção
do monte sagrado. Vendo-a flutuando no espaço sobre a nuvenzinha, Yosojo
entendeu que seu guia havia sido ninguém menos que Sengen-sama, a deusa do
Monte Fuji. Então, caiu de joelhos e ficou claro porque toda a aldeia havia
recebido uma grande graça. A deusa, como lembrança, atirou lá do alto o galho
de camélias floridas.
Yosoji apanhou o galho e plantou-o com carinho. Em pouco
tempo, a planta transformou-se em uma grande árvore e, perto dela, foi erguido
um santuário. O povo passou a adorar a árvore e dizem que o chá das folhas
desse pé de camélia é, ainda nos dias de hoje, um santo remédio para muitos
males.
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